Quem sou Eu?
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Olá! Eu sou o professor Fernando Maia.

Sou professor de  História desde 2007, Pós graduado em História do Brasil desde 2010, Mestre em História Social desde 2011, editor de vídeos (Linha Adobe) em 2016, recém formado em Marketing Digital (2024) e especialista em Inteligência Artificial aplicada à educação desde 2023.

Meu doloroso início de carreira no Magistério e minha referência.

Sou de uma família de professores, minha irmã tem formação no magistério, muitos dos meus primos são professores em diversas disciplinas e minha mãe, sim minha mãe, minha referência. Ela foi uma excelente professora em sua época, era inovadora em seus métodos e lecionava mais com o coração do que a razão. A forma como os alunos tratavam-na me enchia de entusiasmo e me levou a, até então, maravilhosa opção: ser um professor e seguir os passos de minha mãe. Eu já estava no Mestrado em História Social na UERJ e pronto para ir para um doutorado com bolsa “sanduiche” (bolsa de estudos que me permitia ficar dois anos fora do país e dois anos no país) quando minha mãe faleceu e minha esposa engravidou do meu primeiro filho. O que havia pensado como professor tinha se tornado minha única opção naquele momento, sim, o magistério veio pela dor e necessidade. Eu estava em um caminho de pesquisa e docência acadêmica quando minha vida deu uma reviravolta e acabei por ter minhas primeiras experiências com o declínio de minha saúde mental.

Após dar um 360 na vida, obtive minha primeira matrícula pública e parecia que tudo estava se encaminhando para uma carreira linda no magistério, onde encontraria o caminho percorrido pela minha mãe e pronto, era só seguir seus passos e ser um professor bem sucedido e feliz pela minha nobre função.

Não foi bem assim que a carreira se deu. Minha jornada começou com frustrações e decepções ainda no início dos ano letivo. Os métodos e recursos oferecidos pelas instituições de ensino por onde passei me eram estranhos e ineficientes. Havia passado por experiências em redes privadas e também experimentei a mesma sensação, além de uma valorização ainda bem referente aos ganhos financeiros. Meus alunos me tratavam muito diferente dos exemplos que tinha como referência materna e profissional. Acordei, de repente em uma realidade completamente oposta e vi que a época em que me encontrava demandava outras formas de ensinar. Meus alunos se desgastavam e, assim como eles, eu estava perdendo, aos poucos, o prazer em lecionar logo no início das minhas primeiras matrículas. Como ficaria meu sustento e da minha família? Por muito tempo escondi aquele quadro de terror da minha esposa, também professora. Minha saúde física e mental se deteriorava cada vez mais e sabia que precisava fazer alguma para reverter aquele quadro, ou até mesmo frear o avanço das doenças que pareciam me ter como refeição. Iniciei tratamento psiquiátrico e psicológico e meus diagnósticos apontavam como centro do problema o desgaste causado pela sala de aula. Quem é professor conhece bem a realidade de ser um profissional com a sensação diária de não conseguir cumprir seu dever, não pelo esforço empregado, mas pela recusa dos alunos em receber o que havia para ensinar.

Quando saia das salas de aulas tinha que enfrentar outro dilema: a sala dos professores. Quem é professor sabe como funciona este recinto. Todos os dias era como se eu estivesse em um círculo terapêutico contínuo. Professor é uma “espécie” que ama reclamar dos alunos, recursos (ou a ausência deles) e da direção da escola. O entra e sai da sala era uma estranha troca de turno para que se faça a mesma coisa: reclamar e lamentar. Na maioria das vezes fazia coro aos seus lamentos e, aos poucos, a frequência triste das minhas reclamações aumentava quase que descontroladamente. Esta situação agravava e muito, principalmente, meus problemas mentais, sim fui diagnosticado com depressão, transtorno de humor (antiga bipolaridade) e ansiedade aguda.

O que fazer?

Mesmo como professor já em exercício resolvi seguir orientações médicas e de amigos. Eu tinha um prazer imenso por tecnologia e criação. Comecei a propor trabalhos avaliativos em formato audiovisual, isso lá pelos idos de 2007/2008. Os recursos eram escassos e só dispunha de uma câmera fotográfica digital deixada pela minha mãe. Neste período os celulares ainda não tinham capacidade de filmar e muito menos editar. Meu primeiro trabalho foi uma explanação com esta câmera com resolução baixíssima, sem captação de áudio e pior, não fazia ideia do que era edição. Outro professor e pai de aluna se dispôs a me ajudar e pronto: o trabalho de audiovisual estava terminado e logo o quis expor em uma TV ainda de tudo na hora do recreio. Foi aí que percebi a grande sacada da minha vida profissional, a tela. Todos na hora do intervalo se juntaram para assistir aquele trabalho. Eram risos e muita atenção dispensada. Minha diretora só me faltou pegar no colo e jogar para o alto de tão feliz que estava. Meus alunos, orgulhosos de seu trabalho, começaram a me cobrar por este modelo e avaliação e nunca mais parei. Pra mim, a melhor forma de avaliar os meus alunos, desde então, foi através de tela, seja de TV ou de celular, nos anos posteriores. Pouco a pouco percebia que os alunos se dirigiam mais a mim e ao conteúdo, a fim de serem avaliados por audiovisual. Foi aí que resolvi me profissionalizar naquela forma de trabalho e minha saúde e relacionamento com os alunos passava por uma transformação considerável. Em menos de um ano me transformei em professor referência para os alunos daquela instituição de ensino e comecei a me notar não tendo mais motivos para reclamação na sala dos professores. Esta situação era positiva mas ao mesmo tempo me constrangia, principalmente ao ser indagado pelos docentes sobre determinados comportamentos das turmas.
Busquei um curso de edição de vídeo e me aprofundei em linguagem audiovisual, roteirização e decupagem e nunca mais parei. Em todas as escolas era muito bem recebido pelos alunos e colegas. Sim, os outros professores sabiam que podiam contar comigo para auxiliá-los em suas avaliações e as turmas já estavam se acostumando a esta forma de trabalhar e melhor, estavam gostando muito. Me tornei um autodidata em audiovisual, encontrei alguns professores que gostavam desta mesma forma de trabalho, aprendi com eles e vice versa. Criamos métodos, inserimos novas formas de audiovisual, como o stop motion (animação), por exemplo, até que chegou um momento em que um desses professores se tornou coordenador e organizou um festival de curta metragem estudantil na cidade. Eu me empolguei demais, meus alunos afoitos para participar. O rumo da minha carreira tinha saltada de forma a eu mesmo não consegui acreditar. Eu tinha que fazer oficinas no contra turno e todos os alunos eram assíduos e empolgados. Escrevíamos roteiros demais, criamos nossos próprios materiais de iluminação (soft boxer´s caseiros) e de captação de áudio (com fones de ouvido conectados em um celular a parte), o cenário era o universo da escola e todas as coisas caminharam para um bem estar pouco experimentado por profissionais liberais, talvez os artistas experimentem tal sensação.
Os anos se passaram e as redes sociais tomaram conta do cenário, assim como novos e potentes aparelhos celulares e as câmeras foram cedendo lugar para estas máquinas maravilhosas. Mais uma onda de empolgação tomava conta dos meus alunos, agora queriam gravar conteúdos em vídeo e se mostrarem nas redes sociais. E até hoje continuam assim, exibidos que só..rsrs.
Quem é do audiovisual sabe o quanto é difícil trabalhar neste formato. Além dos equipamentos, a edição é outro empecilho aos profissionais, pois a maioria dos meus pares já estavam em idade avançada assim como sua paciência e motivação também se consumiam. Eu queria ensinar aos outros professores, mas estava barreira técnica e laborativa parecia nos colocar em lados opostos de um muro até então intransponível. Todos os meus pares amavam os meus trabalhos, as nossas turmas estavam sempre mais empolgadas, mas querer aprender o audiovisual era, e ainda é, um tabu. Eu compreendo os professores, pois em poucas situações recebemos por este trabalho extra e então suas jornadas nãos lhes permitiam alcançar tempo e disposição para aprender.

As Inteligências Artificiais

Foi então que a tecnologia avançou mais uma vez e a inteligência artificial passou a ocupar jornais e despertando a curiosidade de muitos e até o velho medo do desconhecido, da ameaça e etc. Logicamente eu me antecipei e comecei a aprender muito sobre inteligência artificial e acompanhava sua evolução muito de perto. Desde as interações com o Chat Gpt até os primeiros vídeos gerados 100% por inteligência artificial , sendo o conhecido vídeo do ator Will Smith comendo macarrão um marco para a inteligência artificial, tanto pela capacidade de se gerar um vídeo através de prompt´s (comandos) quanto pela precariedade da sua qualidade.
Conforme o avanço das inteligências artificiais e sua expansão para muitas direções, desde vídeos, avatares, músicas, planilhas, gráficos até vídeos em formato de telejornais. Tudo isso me fascinou desde o início e, logicamente, iniciei um período de adaptação desta nova tecnologia às minhas aulas.
Os resultados? Incríveis! Desde prêmios conquistados com curtas-metragens criadas por alunos até a realização de seminários e workshops em I.A. para Educação que foram um verdadeiro sucesso. A inteligência artificial trouxe novidades fenomenais para meu cabedal de recursos e meus alunos são apaixonados por esta tecnologia.
Comecei outra bateria de estudos conhecendo e dominando uma quantidade absurda de tecnologias extremamente sofisticadas, possibilidades de trabalhos pedagógicos nunca experimentados pela humanidade. Sim, afirmo isso sem titubear, sem medo algum. Além de um imenso ferramentário novo, as I.A´s possibilitam algo que nunca tive nos meus projetos em audiovisual, a comodidade e simplicidade de se construir trabalhos fantásticos e surpreendentes de forma extremamente fácil e cômoda. Sim, a facilidade que as inteligências artificiais nos proporcionam compensam e muito seus poucos minutos necessários para seu entendimento.
Hoje os professores têm na palma da mão possibilidades que nunca tiveram em toda a história da pedagogia. Uma tecnologia nova, ainda em fase inicial, mas que desperta suspiros e emoções aos alunos, seus responsáveis, suas comunidades, às secretarias de educação e todos que se envolvem com Educação.
Eu continuo meu tratamento, mas com uma qualidade de vida infinitamente melhor do que quando iniciei a carreira. Posso afirmar que sou referência para meus alunos e também por profissionais em meu círculo institucional. Minha qualidade de vida se alavancou e fui muitas vezes convidados por redes municipais e privadas para palestras e workshop´s, além de podcast e exibições públicas dos trabalhos dos meus alunos.
Todas as minhas aparições e oficinas de inteligência artificial me forçaram a criar um método próprio de analogia entre inteligência artificial e pedagogia. De início, ensinava a outros profissionais como eu como obter melhorias no processo Ensino Aprendizagem e a ter muito mais qualidade de vida como Docente (com “D” maiúsculo). Meus alunos professores implementam meu método e me reportam melhorias consideráveis tanto em seu relacionamento professor – aluno quanto o aproveitamento das turmas. Percebi um aumento na satisfação em ensinar e um olhar mais positivo para a sua profissão.
E é essa qualidade de vida, essa qualidade profissional, que venho a compartilhar com todos que buscam melhorias em suas práticas diárias, todos os professores que têm consciência de que se não fizerem algo para melhorar sua profissão correm riscos de saúde física e mental, de queda na qualidade do tempo gasto com a família, com a quantidade crescente de tempo e recursos gastos com médicos, remédios e terapias. Eu passei por péssimos momentos para hoje poder estar aqui me abrindo pra você, contando um pouco da minha trajetória e convidando você, profe, a fazer parte dessa galera que quer melhorar a qualidade do Ensino e, por sua vez, da sua própria saúde, seja física, mental ou social. Profe, nos dê a mão e permita-se ser referência entre seus alunos. Você merece ser o mestre a ser seguido e admirado.